Infelizes Masoquistas.

É engraçado como nós, seres humanos babacas, não paramos para pensar em quantas coisas boas acontecem na nossa vida. Talvez porque somente as coisas ruins nos afetem de verdade... E, sinceramente, isso é um comportamento MUITO masoquista. Se preparar sempre pra receber uma nota ruim na escola, para receber um não de alguém, para que chova no fim de semana de praia é completamente natural quando se trata de mim, você, seus amigos... E, ignorar fatos que acontecem no dia a dia como, por exemplo, o surgimento de uma nova amizade, a possibilidade de encarar os problemas com bom humor, conseguir entender e ajudar outra pessoa. Um abraço, um beijo, um cafuné, um sorriso, uma piada idiota... São ignorados como, sei lá, formigas.
Mas eu acredito que se nós parassemos um pouco para relembrar o nosso dia... Desde a hora que acordamos até a hora que vamos dormir contaríamos pelo menos dez coisas boas que nos aconteceram e que não demos valor.

Eis as minhas:
1. Cantei Beatles.
2. Consegui fazer o tc de fisica inteiro.
3. Tive uma ótima compania no almoço.
4. Animei a Júlia cantando Beatles.
5. Comi chocolate.
6. Vou sair com uma amiga e vou fofocar muito! (haha!)
7. Ensinei matemática pra um colega.
8. Ganhei cafuné.
9. Ri das besteiras que a bia falou.
10. Meu namorado disse que eu sou a menina mais linda do universo.
Faça uma lista também... Nem que seja para si mesmo... E comece a perceber o quão boa a sua vida é. E aproveite!

Narcisismo

Quero dever todas as realizações da minha vida a uma pessoa. Quero sentir todas as suas dores e alegrias. Quero participar, incessantemente, da jornada da sua vida, memorizando cada acontecimento. Quero ajudá-la à encontrar a si mesma e mantê-la dentro dos padrões necessários para se viver e encarar esse mundo. Quero poder, no fim, olhá-la e sentir que fiz tudo que podia e estou satisfeita com o resultado.
E... não quero me arrepender do que fui, sou e serei. Quero me orgulhar de mim mesma.
Quero dever todas as minhas realizações somente a Nicole G.

Preciso resgatar a criatividade esquecida no fundo da minha alma, e voltar a ter o prazer  de escrever. E, nas letras, encontrar o meu ritmo e mergulhar no desafio de definir meu limite.
Desenhar com as palavras tudo o que me faz melancólica e me libertar desse fantasma denominado insegurança que, de tempos em tempos, se instala em mim e insiste em ficar e me destruir.
Preciso fugir pro meu paraíso das frases perdidas.
Preciso conquistar meu universo, mais uma vez.