Chico, lhe sou grata.

Chico Buarque é sem dúvida um dos meus cantores/escritores favoritos. Passo horas com o fone de ouvido, cantando (ou não) as músicas que mais me tocam. É difícil definir uma, pois seus álbuns são repletos de ouro em prosa, poesia e melodia. E por mais que existam pessoas que acreditem que a produção dos artistas da mpb já foi, felizmente estão erradas. O novo álbum do Chico é indescritível... Todas as músicas fazem você querer cantar, dançar e transmitem um sentimento tão intenso que provocam arrepios. Obrigada Chico, por existir e proporcionar músicas maravilhosas à essa geração não tão favorecida musicalmente. - Obrigada.

Conversa de louco - Desenvolvi um pouco.

 - Não sei mais como poderei lhe ver. //    Será que ainda és meu maior desejo? //   Ou apenas uma idealização do que eu achava que deveria ser?
- [ Silêncio ]
- Costumávamos ser tão intimas... Onde isso se perdeu?
- [ Silêncio ]
 - Não! Não responda! Doerá demais ouvir que eu te abandonei, porque não precisava mais fugir da realidade.
- [ Silêncio ]
- Me sinto cruel agora, por ter usado você. Utilizado a arte como um instrumento para externar meus sentimentos em um mundo onde me foi permitido expressar. - [ Pausa ] - Ora, mas não é esse a finalidade, ou até a definição de arte?
- [ Silêncio ]
- Tens razão, é impossível abandonar aquilo que, um dia, me fez compreender meus próprios sentimentos. Sem ao menos cobrar algo em troca.

Invictus

Do fundo desta noite que persiste
A me envolver em breu - eterno e espesso,
A qualquer deus - se algum acaso existe,
Por mi’alma insubjugável agradeço.

Nas garras do destino e seus estragos,
Sob os golpes que o acaso atira e acerta,
Nunca me lamentei - e ainda trago
Minha cabeça - embora em sangue - ereta.

Além deste oceano de lamúria,
Somente o Horror das trevas se divisa;
Porém o tempo, a consumir-se em fúria,
Não me amedronta, nem me martiriza.

Por ser estreita a senda - eu não declino,
Nem por pesada a mão que o mundo espalma;
Eu sou dono e senhor de meu destino;
Eu sou o comandante de minha alma.

William E Henley